quinta-feira, 25 de junho de 2015





Imagem retirada : http://pt.anawalls.com/imagens-de-caveira-papeis-de-parede-de-mesa-vector-flor-fundos-de-velas-material-livro/12801221800/



FENDA INERTE

No labirinto profundo
Em que dorme a minha sombra
Nem Jung ou Freud o saberia

As nuances letais da agonia
Da verve poética que do meu ser exala
Somente a orquestra sinfônica da fala

Contrapõe-se ao que me cala
Que é fria lápide
Tal fenda inerte

Preciso mais que flores vermelhas
Jogadas no esquife
 Para embelezar
Cada pensamento meu

Que bebe das leis  do ostracismo
Mas que é majestoso e suspenso
Nos portões a que nos iguala

Na frialdade deste chão,
Mas resplandecente  é  sempre – o berço
Que nos acolhe a vala!


Erilva Leite

sexta-feira, 12 de junho de 2015


INFINITO

No leito divino do amor em que embalaste os meus sonhos
Nossas mãos em  nossos corpos eram como preces
Um elo ou misto  de ternura e verdade
Veracidade na vastidão do eterno e do infinito que é amar!

Esqueci-me  de acordar do sonho e enxergar
Quão profunda é a vala em que se sepulta um sentimento
Quão profundas as chagas que sangram sem cicatrizar

Mas do alto do céu eu sei não se vê escombros
Na cruz tosca e atroz de cada assombro
Verte-se a dor torna-se ornado e bonito
Desce-se à tumba atroz do esquecimento para se alcançar o infinito!