quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Minhas inspirações são várias na poesia, cresci bebendo de Augusto dos Anjos e Cruz e Sousa; Charles Baudelaire nos tempos de faculdade,  Florbela Espanca e outros - que se ficasse falando passaria o dia inteiro, e a ideia não é essa, mas de somente informar que as coisas “densas” palavras fortes carregadas de dor, de desencanto me tem fascinado desde sempre! E de uma forma singela eu ofereço as minhas humildes palavras a um poeta que me tem ensinado bastante, a ser eu mesma... “ a ser como as flores que nasceram para serem elas mesmas - sem almejar nada em troca” essas foram as suas palavras que suprimo o nome ao público, mas que ele saberá que tem se agigantado em sua forma de pensar e de ser!!!

Minhas palavras são para ele hoje, meu versejar também!




Ser

Ser ora noturno e triste
Luvas brancas que te veste
Solidão dos ventos frios...
Alma do corpo mortal - que adoece

Como as flores mortas
Fazem das calçadas
Seu quadros
Portais e portas

Jaz como lírio adormecido
Entre os braços de uma criança
Em cujo berço – sem esperança

Jaz na frialdade - em puro desencanto
Quadro a que se dispôs a tanto
Uma lira triste – sombrio, o feitio de seu mavioso canto!


3 comentários:

  1. Belíssimo poema! Parabéns pelos versos, que evoluem a olhos vistos! Um prazer para os olhos e a mente de quem lê!

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  2. Parabéns pelo seu poema! Aqui um homem descrito em fatos reais e sonhador. Gostei!

    Abraço poético!

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  3. A criança do berço cresceu para versar esperanças, sabe bem usar suas lembranças..
    Outro dia lhe falei para usar seus problemas como novas oportunidades.
    E vc talvez nem sabia que tudo isto vc já faz.

    PARABÉNS

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