segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Descortinando a vida, tecendo palavras, destilando dores, vivendo...









Porão

Ilusório ser vivente;
Cá estou em febre.
Como quem veste a pele branca e nua;
De flores vermelhas e de espinhos.

Como quem bebe o som
Das esferas;
Sozinho vive, a fitar estrelas!

Serão minhas ou são tuas
 - As tochas acesas -
no porão do esquecimento?

Cujo único perfume infiltrado
São de flores mortas
Entre as horas;
Punhais que Cortam
Quase em silêncio   
o livro

Dos meus dias!!

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