domingo, 16 de novembro de 2014



Agradeço aos que me visitam aqui, deixo o meu abraço fraterno e faço diferente hoje, publiquei uma de minhas poesias, espero que gostem e que voltem outras vezes...









Meu poeta

Ouço o canto triste em sua lira,
És um menestrel das noites vagas,
Desse veneno mortal que te encobre as chagas...
Verte o teu  fel - vai se dissipando a ira...

Quem dera eu fosse sombra pra realçar teu dias...
 ocultar ... as vestes,  as pegadas na escada...
Afugentar a dor que bem cedo vacila,
Que auto se instala,
Mas não se aniquila;
Mas por teus versos - ando embriagada
Pelas rimas todas  -  todas feitas de quimera,
Ideologia -  fundamentada na cegueira da utopia...
Vestindo estilo nas gigantes searas.
Vai abrindo os portões às Eras...
Segue o poeta em sua trajetória
Segue-se, porém a sombra...

Não somos um, que pena...
Não nos completamos, nem nos dividimos...
Somos seres que estão de almas nuas, aqui e apenas...
Vestimos almas imortais, catalisadas
Na projeção dos ais...


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Não tenho pretensões de ensinar nada a ninguém, já que de filosofia, sei quase nada, mas desejo que leiam meu texto e deixem suas análises, pois quanto mais diverso o pensamento, mais rico, em minha opinião.







                                                       

    Sempre que leio Nietzsche – O Nietzsche enquanto filósofo; deparo-me com a solidão dele enquanto homem, ser humano – “demasiadamente humano”. E tendo por base as cartas dele – uma delas - intitulada “O viajante e as sua sombra” não fica distante o sentimento de inquietação e busca do bem comum para toda a humanidade - para a qual ele mesmo disse que nasceu já póstumo, não conceberiam a tempo as suas palavras, as quais ele nasceu e morreu crendo em cada uma... Era sua sina, seu ofício.
     No  livro “O viajante e as sua sombra” - apresentação de Ciro Mioranza, que descreve o Nietzsche desta forma brilhante:
     “Um viajante – poeta, filósofo observador – segue as trilhas do mundo interior e exterior, monitorado por uma sombra – poetisa, filósofa, observadora – sombra que é dele, sem o ser, que personifica a luz, sem o ser, que se desfaz nas penumbras para descansar e refletir. Ora o viajante a segue, ora é ela que o acompanha. Sempre que haja luz. E sol para os aquecer. E vento e neve para os unir”.
     E passo a analisar sob a ótica dos escritos de Nietzsche, que as nossas vidas não são diferentes da vida dos gênios da humanidade, se descortinam sempre naquilo que almejamos, e nesta busca quase infinda, nos tornamos ao longo de tudo, nós mesmos, centelhas de luz que se harmonizam ou se desarmonizam, que compreendem a sua caminhada, ou se perdem nela, tendo que voltar. E as nossas inquietações são sempre as nossas sombras que nos aguardam... ainda que o inverso da sombra seja a luz que sempre nos guiará. E te pergunto com urgência de resposta, de onde emana a sua luz? De quais sombras tu te resvalas?
     A resposta por mais diferenciada que seja, e que tanto desejo ouvi-la,  acaba por ter um mesmo denominador comum. Busca-se de alguma forma, e a encontra, simples como 2+2 são 4.

     Esta é a magia da vida, ela nos respeita demais, damos a ela sempre o melhor de nós mesmos, para isso - basta sermos justos, verdadeiros, agir com integridade, inteireza de espírito - e o resto? O resto vem como luva ou como a lua - num céu de estrelas, pleno de paz...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Discorrendo um pouco sobre a vida...


          Ultimamente tenho prestado muita atenção nestas florzinhas delicadas do Japão, elas são parte do festival Hanami que significa "contemplar ou apreciar" - as flores de cerejeira, ou sakurá como é chamado. "Nessa época que implica entre fim de março à meados de abril ou maio, dependendo da região, várias espécies de cerejeiras florescem por todo Japão, geralmente em Parques, Templos e outras áreas de lazer, onde são agrupadas e organizadas para a apreciação, não só dos japoneses, como de turistas estrangeiros que visitam o arquipélago nessa época do ano..."
           E passei a analisar o quanto a efemeridade das coisas nos acompanham, e o quanto são importantes, na escalada evolutiva da vida... porque o fato de não ter "coisas e pessoas " - nos coloca diretamente com a sensação de dar a elas mais do que o seu devido valor...
            ...Acho que sou mesmo uma otimista em perceber que na vida, tudo tem uma razão de ser, e que cada coisa ocupa o seu lugar - como um quebra-cabeças muitas vezes indecifrável. São pecinhas e mais pecinhas colocadas ao sabor do "devir"... as vezes vai e as vezes fica...

             Então nós não  seríamos todos -  estas cerejeiras que para florir enfrentam um rigoroso inverno da vida?
             E ao passar desta fase, as flores surgem como a prova de que viver vale à pena?
             Que possamos hoje, na cadência da vida - levar apenas aquilo que não nos deixa pesados demais, liberar um perdão aqui, não remoer mágoas ali, e perceber que muitas vezes as pessoas que passam por nós - são frágeis demais para perceber de fato o "valor que temos..." e se ficarmos apegados ao que passou, não conseguimos de fato, perceber os horizontes que se instalam como verdadeiros vitrais da existência... /olhemos para eles /fitemos os céus e os sóis... e vamos desbravar com alegria cada amanhecer, cada encontro ou cada despedida... e por que não? porque viver é isso... e como dizia o poeta - Fernando Pessoa: " Segue teu destino, rega tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias..... Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode dizer-te a  resposta , porque esta, sumariamente  está além de ti...