Não tenho pretensões de ensinar nada a ninguém, já que de
filosofia, sei quase nada, mas desejo que leiam meu texto e deixem suas análises,
pois quanto mais diverso o pensamento, mais rico, em minha opinião.
Sempre que leio
Nietzsche – O Nietzsche enquanto
filósofo; deparo-me com a solidão dele enquanto homem, ser humano – “demasiadamente
humano”. E tendo por base as cartas dele – uma delas - intitulada “O viajante e
as sua sombra” não fica distante o sentimento de inquietação e busca do bem
comum para toda a humanidade - para a qual ele mesmo disse que nasceu já póstumo,
não conceberiam a tempo as suas palavras, as quais ele nasceu e morreu crendo
em cada uma... Era sua sina, seu ofício.
No livro “O viajante e as sua sombra” - apresentação de Ciro Mioranza, que descreve o Nietzsche desta forma brilhante:
“Um viajante –
poeta, filósofo observador – segue as trilhas do mundo interior e exterior,
monitorado por uma sombra – poetisa, filósofa, observadora – sombra que é dele,
sem o ser, que personifica a luz, sem o ser, que se desfaz nas penumbras para
descansar e refletir. Ora o viajante a segue, ora é ela que o acompanha. Sempre
que haja luz. E sol para os aquecer. E vento e neve para os unir”.
E passo a analisar
sob a ótica dos escritos de Nietzsche, que as nossas vidas não são diferentes
da vida dos gênios da humanidade, se descortinam sempre naquilo que almejamos,
e nesta busca quase infinda, nos tornamos ao longo de tudo, nós mesmos, centelhas
de luz que se harmonizam ou se desarmonizam, que compreendem a sua caminhada,
ou se perdem nela, tendo que voltar. E as nossas inquietações são sempre as
nossas sombras que nos aguardam... ainda que o inverso da sombra seja a luz que
sempre nos guiará. E te pergunto com urgência de resposta, de onde emana a sua
luz? De quais sombras tu te resvalas?
A resposta por
mais diferenciada que seja, e que tanto desejo ouvi-la, acaba
por ter um mesmo denominador comum. Busca-se de alguma forma, e a encontra,
simples como 2+2 são 4.
Esta é a magia da
vida, ela nos respeita demais, damos a ela sempre o melhor de nós mesmos, para
isso - basta sermos justos, verdadeiros, agir com integridade, inteireza de
espírito - e o resto? O resto vem como luva ou como a lua - num céu de
estrelas, pleno de paz...