segunda-feira, 22 de dezembro de 2014













Hoje eu trouxe uma reflexão acerca da vida, não são conselhos, mas são palavras macias nas quais aprenderemos a sonhar, a perceber que a nossa existência é um grande emaranhado de fios de uma trama perfeita, lugar este em que todas as pessoas estão” incluídas, tudo o que foi lido, tudo o que foi dito -  e tudo o que foi vivido”. Olhando para esta trama, não para este fardo como muitos assim o dizem, tenho sempre a esperança que algo muito bom nos espera, algo puro, algo pleno o qual passaríamos a vida inteira esperando e ainda assim valeria à pena; vamos imaginar rosas, todas elas, cada uma com a sua forma e o seu perfume, algumas com espinho, “mas todas elas com uma razão única de ser, em ser somente”- aprendamos com elas, aprendamos com o lírio que possui “algo que o limpa”, ele pode ficar sujo com o que for, mas algo o limpa, o torna branco, sem manchas... Eis a vida que palpita aqui dentro, assim como a semente que é lançada e produz seus frutos, razão única de ter sido criado com este único ofício... Então eu pergunto a vocês:
 - que sonhos vocês tem? Não acredito que existam seres que não sonhem, que não tracem os seus projetos. O que lhes rasgou a alma de tal forma que não se recompõem? Posso garantir-lhe que nada me tiraria a graça de sonhar, de ver estradas floridas, permeadas de horizontes... o sol para o dia e a lua para a noite, não nos falta luz e nem o que olhar... e  tem sempre um anjo que nos oferece a sua asa, o seu sorriso, alguém que até compartilhe conosco as nossas lágrimas. Olhando para a vida, a vejo como uma grande obra, uma pintura bela, mas inacabada, a qual foi feita por mãos apenas, mãos trêmulas, mãos corajosas, mãos que acariciam, mãos...
Tudo nasce em nossa alma, as artes as ciências, o saber, mas o conhecimento vem pelo espírito, e somente pelo espírito obtemos a paz mesmo em meio as guerras. Gostaria de registrar aqui nestas linhas um amor puro que nasceu em mim, como uma fonte de águas no meio de um deserto, onde não havia vida, hoje há relva e flores, lugar em que descanso com uma trança de folhas de palmeira e flores de laranjeira, é algo que me adorna, que me deixa pura, não importa o que haja, estou vestida assim porque não são vestimentas, mas estado pleno de espírito... posso garantir-lhe que nunca fui tão feliz.

Temos sempre em que acreditar, sugiro que tirem seus coelhos de suas cartolas, batam a poeira da vida, banhe-se nas águas mais rasas do rio que deflui, haverá um renovo para as árvores que pensamos estarem mortas, haverá sempre renovo, elas darão sobra, frutos e ainda abrigarão os pássaros.

domingo, 16 de novembro de 2014



Agradeço aos que me visitam aqui, deixo o meu abraço fraterno e faço diferente hoje, publiquei uma de minhas poesias, espero que gostem e que voltem outras vezes...









Meu poeta

Ouço o canto triste em sua lira,
És um menestrel das noites vagas,
Desse veneno mortal que te encobre as chagas...
Verte o teu  fel - vai se dissipando a ira...

Quem dera eu fosse sombra pra realçar teu dias...
 ocultar ... as vestes,  as pegadas na escada...
Afugentar a dor que bem cedo vacila,
Que auto se instala,
Mas não se aniquila;
Mas por teus versos - ando embriagada
Pelas rimas todas  -  todas feitas de quimera,
Ideologia -  fundamentada na cegueira da utopia...
Vestindo estilo nas gigantes searas.
Vai abrindo os portões às Eras...
Segue o poeta em sua trajetória
Segue-se, porém a sombra...

Não somos um, que pena...
Não nos completamos, nem nos dividimos...
Somos seres que estão de almas nuas, aqui e apenas...
Vestimos almas imortais, catalisadas
Na projeção dos ais...


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Não tenho pretensões de ensinar nada a ninguém, já que de filosofia, sei quase nada, mas desejo que leiam meu texto e deixem suas análises, pois quanto mais diverso o pensamento, mais rico, em minha opinião.







                                                       

    Sempre que leio Nietzsche – O Nietzsche enquanto filósofo; deparo-me com a solidão dele enquanto homem, ser humano – “demasiadamente humano”. E tendo por base as cartas dele – uma delas - intitulada “O viajante e as sua sombra” não fica distante o sentimento de inquietação e busca do bem comum para toda a humanidade - para a qual ele mesmo disse que nasceu já póstumo, não conceberiam a tempo as suas palavras, as quais ele nasceu e morreu crendo em cada uma... Era sua sina, seu ofício.
     No  livro “O viajante e as sua sombra” - apresentação de Ciro Mioranza, que descreve o Nietzsche desta forma brilhante:
     “Um viajante – poeta, filósofo observador – segue as trilhas do mundo interior e exterior, monitorado por uma sombra – poetisa, filósofa, observadora – sombra que é dele, sem o ser, que personifica a luz, sem o ser, que se desfaz nas penumbras para descansar e refletir. Ora o viajante a segue, ora é ela que o acompanha. Sempre que haja luz. E sol para os aquecer. E vento e neve para os unir”.
     E passo a analisar sob a ótica dos escritos de Nietzsche, que as nossas vidas não são diferentes da vida dos gênios da humanidade, se descortinam sempre naquilo que almejamos, e nesta busca quase infinda, nos tornamos ao longo de tudo, nós mesmos, centelhas de luz que se harmonizam ou se desarmonizam, que compreendem a sua caminhada, ou se perdem nela, tendo que voltar. E as nossas inquietações são sempre as nossas sombras que nos aguardam... ainda que o inverso da sombra seja a luz que sempre nos guiará. E te pergunto com urgência de resposta, de onde emana a sua luz? De quais sombras tu te resvalas?
     A resposta por mais diferenciada que seja, e que tanto desejo ouvi-la,  acaba por ter um mesmo denominador comum. Busca-se de alguma forma, e a encontra, simples como 2+2 são 4.

     Esta é a magia da vida, ela nos respeita demais, damos a ela sempre o melhor de nós mesmos, para isso - basta sermos justos, verdadeiros, agir com integridade, inteireza de espírito - e o resto? O resto vem como luva ou como a lua - num céu de estrelas, pleno de paz...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Discorrendo um pouco sobre a vida...


          Ultimamente tenho prestado muita atenção nestas florzinhas delicadas do Japão, elas são parte do festival Hanami que significa "contemplar ou apreciar" - as flores de cerejeira, ou sakurá como é chamado. "Nessa época que implica entre fim de março à meados de abril ou maio, dependendo da região, várias espécies de cerejeiras florescem por todo Japão, geralmente em Parques, Templos e outras áreas de lazer, onde são agrupadas e organizadas para a apreciação, não só dos japoneses, como de turistas estrangeiros que visitam o arquipélago nessa época do ano..."
           E passei a analisar o quanto a efemeridade das coisas nos acompanham, e o quanto são importantes, na escalada evolutiva da vida... porque o fato de não ter "coisas e pessoas " - nos coloca diretamente com a sensação de dar a elas mais do que o seu devido valor...
            ...Acho que sou mesmo uma otimista em perceber que na vida, tudo tem uma razão de ser, e que cada coisa ocupa o seu lugar - como um quebra-cabeças muitas vezes indecifrável. São pecinhas e mais pecinhas colocadas ao sabor do "devir"... as vezes vai e as vezes fica...

             Então nós não  seríamos todos -  estas cerejeiras que para florir enfrentam um rigoroso inverno da vida?
             E ao passar desta fase, as flores surgem como a prova de que viver vale à pena?
             Que possamos hoje, na cadência da vida - levar apenas aquilo que não nos deixa pesados demais, liberar um perdão aqui, não remoer mágoas ali, e perceber que muitas vezes as pessoas que passam por nós - são frágeis demais para perceber de fato o "valor que temos..." e se ficarmos apegados ao que passou, não conseguimos de fato, perceber os horizontes que se instalam como verdadeiros vitrais da existência... /olhemos para eles /fitemos os céus e os sóis... e vamos desbravar com alegria cada amanhecer, cada encontro ou cada despedida... e por que não? porque viver é isso... e como dizia o poeta - Fernando Pessoa: " Segue teu destino, rega tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias..... Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode dizer-te a  resposta , porque esta, sumariamente  está além de ti...