Era um banco e uma praça, em plena pandemia, “uns livros
amarelados”...
Uma mochila surrada de sonhos. Era uma pausa e uma brisa, um
sorriso que me salvava de mim... Um coração pulsando como presa, como se estivesse
em mil cordas amarrado!
Por entre o medo da vida, surgia uma esperança ainda que
tardia que a vida acontecesse alí, contrapondo um céu, ao inferno de mil mortes
sofridas nesta pandemia, por tantos
rostos perdidos, pessoas amados e tantas vidas derramadas e sem volta.
Mas estávamos alí...
Ao alcance das mãos e no enlace de almas!
Duas almas tão próximas, tão serenas, de gostos tão comuns...
... Então a vida pulsa e não mais envolta aos pensamentos circunvaguei teus
mares e em bravios açoites - em
contemplação - fitamos as estrelas
dentro de cada um de nós!
Como se fôssemos um
navio em plena escuridão - fitando a
beleza do farol, nos indicando a direção - na tranquilidade de um porto seguro
em teu cais!
És meu porto seguro e meu vôo mais alto.
Minha vida que pulsa, minha certeza de viver um tempo, ainda
que não seja bom, mas que haverá sempre um lampejo nas madrugadas em cujas
águas do mar, de lua banhadas, na tela da vida em suas retinas...
Na chama da vela, no livro, no filme, no abraço, no sonho
embalado pela ViDA!!
Do Vozes
...De mim mesma, para ninguém!
Erilva Leite.
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